terça-feira, 26 de maio de 2009

O último discurso: * de “O Grande Ditador” - Charles Chaplin




"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.


A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.


Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!


Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.


É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!


Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!"


*Nota: Em 1940, com O Grande Ditador, Chaplin, admitiu que o cinema não era apenas mudo - falava! E usou as palavras para criar esse emocionante discurso final. "Hannah! Hannah! "Ele chama e Paulette Goddard, a judia lançada ao solo, ferida pela barbárie do nazismo, levanta a cabeça e ouve esse texto magnífico, que é, até hoje, 69 anos após, o maior manifesto humanista criado pelo cinema. Um alerta à nossa juventude, tão antiga e tão contemporâneo essa obra.


"Hakuna Matata"

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ao Meu Amor Eterno (SAUDADES...)


Mãe...
A tu dedico a minha vida, o meu saber, a minha “luz”...
Realizado ainda não estou, mas, por tua memória e para meu bem, conseguirei!
Imagino-me reencontrando-te, pois para mim, és eternamente imaculada e onipresente.
Amo-te, mais do que qualquer coisa na minha existência!!!

Bom e gratificante seria ver o teu sorriso novamente...
Estaria experimentando o néctar dos deuses.
Assim, sigo pelos caminhos que me ensinastes, porém com estes anseios.
Tenho certeza que estás comigo, que és por mim e que oras por mim.
Regozijo-me por essa crença...
Inigualável, perfeita, linda, amor... Falta-me palavras para atribuir-te! Enfim...
Zelarei da tua imagem, da tua memória, dos teus ensinamentos, porque, acima de tudo, eternamente... TE AMO!!


ESSA É APENAS UMA SINGELA HOMENAGEM QUE PRESTO À MINHA SAUDOSA MÃE!
NÃO POSTEI ONTEM, DEVIDO A FALTA DE CORAGEM PARA EMPREENDER QUAISQUER ESFORÇOS.
PENA NÃO PODER TE DIZER ISSO PESSOALMENTE “MAINHA”, MAS A SENHORA SABE QUE TENS, ERIGIDA NO MEU ÂMAGO, UMA ESTÁTUA.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dicotomia Convergente!



Tenho pensado muito no que escrevi agora, e resolvi compilar os meus pensamentos em alguns trechos que seguem abaixo. Espero que entendam o meu ponto de vista, mesmo que discordando. O intuito é fazer-me compreensivo.


Tenho contato com “N” pessoas de diferentes classes sociais, e, em observações contínuas, percebi a falta de interesse da grande maioria, por absolutamente tudo!

Incluir-me-ei nesse rol, pois ando desinteressado por algumas coisas do senso comum. Bem, ainda discorrendo sobre minhas observações, notei que somos exímios cobradores dos nossos direitos, mas não cumprimos com nossos deveres... Paradoxal não?! Mas, em conversas, já me disseram: “...é assim mesmo, não tente mudar, você fará esforços em vão!”


Deus meu! Nunca pensei que fosse crescer para ouvir isso de coetâneos! Que hoje, implicitamente, obrigam-me a me sentir DIFERENTE, pelo simples fato de que, EU ACREDITO nas mudanças que ouvimos “alguns” falarem e prometerem periodicamente!


O ERRADO virou moda. Descompensado e louco é quem não o faz! Corrupção, improbidade, maus tratos, roubo, sonegação... “Ah! Isso é normal! Se você ou eu não fizer, vem um de lá e faz...” – Já ouvi muito isso!!

E sabe quem paga por esses pensamentos e afirmações?! Nós mesmos! Porque há aí, escandalosamente visível, um ciclo vicioso, um estalão, difícil de ser quebrado. E EU, pobre mortal, desafio as pessoas, que me conhecem ou não, a tentar acabar com isso! Serão “os excluídos, os lunáticos”, e as pressões sociais são difíceis de suportar... Acaba corrompendo.



Lembro-me de quando eu era pré-adolescente, estava assistindo TV e apareceu numa propaganda, uma floresta, em seguida uma ¹figura sentada num tronco, estrutura cadavérica, abatida, olhos fundos, mas falava coisas que ao meu coração tocou. Contava a história de um beija-flor que ao ver um incêndio na floresta, apanhava água do rio e jogava ao fogo. Criticado e incentivado a desistir pelo “rei da selva”, o pássaro respondeu: “sei que não posso apagar esse fogaréu, mas eu estou fazendo a minha parte!”


Portanto, não nos acomodemos, temos o poder de transformar! No final do século XVII, tivemos a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, este documento, até os dias de hoje, solidifica as democracias do mundo, foi aprovado no dia 26 de agosto de 1789, no início da Revolução Francesa. Seguindo os princípios iluministas.



Dos princípios expostos no referido documento, alguns tiveram uma importância toda particular nas constituições de países afora, mas, o que mais me toca é:
O PRINCÍPIO DA SOBERANIA DO POVO. Ou seja, o povo manda! Se estiver aquém dos nossos anseios, mudemos! Mudar o que não está suficiente ao bem comum, também é cumprimento de dever!



“Hakuna Matata”

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¹No texto refiro-me ao Sociólogo Herbert de Souza (Betinho) - In Memorian, na propaganda veiculada no início da Ação da Cidadania, onde conta a história do beija-flor que faz a sua parte.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Brasil e suas "Importações"








Ô país engraçado esse viu!! Estamos vivendo diversas "crises e conflitos internos" e, ainda insistimos em fomentar o mercado das "importações mundiais" - vivendo intensamente a globalização!

Aqui citerei alguns destaques... (Ah! meu Deus):

>>Um dos casos mais hilários é o fato de que fomos a primeira e única Monarquia das Américas. E Monarquia é um regime onde o monarca governa de maneira absoluta e vitalícia. É uma "chefia" que tem como característica a hereditariedade, ou seja, é passada de pai para filho. Ah! me lembrem, quem foi mesmo o 1º rei ou imperador do Brasil?! Herdamos a monarquia de quem?!
Pois é, tudo importado da Europa, dos tão criticados Portugueses, nossos colonizadores e os mesmos que levaram a fama de "descobridores".
Na minha humilde opinião, a monarquia só serviu para que fôssemos - e somos -, o país Latino-Americano com maior extensão territorial.

>>Dentre outras importações, posso aludir a americanização do nosso português - que é também importado. Nossa língua-mãe é o Tupi-Guarani (dando uma de Policarpo Quaresma)! No entanto, nós preferimos o "Hot-dog", o "Chease-burger", o "Business" e etc... afff!!

>>Pra não prolongar muito... Agora, estamos com um seríssimo problema que é típico das regiões tropicais, a DENGUE! E, insistimos na importação da "INFLUENZA AH1N1" (mais conhecida como "Gripe Suína"). Tem gente até que parou de comer carne de porco! Apesar do nome sugestionar o animal como a gênese do problema, segundo cientistas, de nada tem a ver. Gostaria que ela atingisse os que tem espírito de porco, e, que deveras a importassem - Iríamos vivenciar uma escassez nos "3 Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário"!

Bom, mas o fato é que a Dengue, só na Bahia já superou 100 casos de morte, sem contar os casos que são diagnosticados como virose.
Não estou aqui pregando alienação a pátria, nem querendo que deixemos de dar atenção aos problemas do mundo, mas, apenas pedindo uma alerta especial aos problemas que são diretamente causados por nós, e, que à nós cabe a solução e prevenção. Dessa forma, poderemos - diferentemente do resto do mundo -, ser solícitos à INFLUENZA AH1N1, pois estaremos "fortes" e saudáveis para ajudar!

"Hakuna Matata" - Timão e Pumba

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Desabafo...


Assim eu vou seguindo a minha vida...

Com perspectivas, alguns percalços, tropeçando...

Perdendo o foco, retomando o foco!

É muito difícil, mas vou conseguir!

O que norteia um homem?! O que o satisfaz?!

Porque questionar?! Porque não viver intensamente as virtudes e desvirtudes impostas pelo destino?!

Mudar o que e pra que?!

Às vezes é melhor nem pensar... Como diz o poeta compositor: “Deixa a vida me levar...”

Se tento, dizem que é utópico... Se consigo, tenho sorte – nunca competência! Se desisto, sou fraco! Alguém tem a fórmula de tudo e pra tudo aí?! Divide... Talvez possamos mudar o mundo – mas eu disse: “Mudar pra que?!...”

Ah! Confusão... Vê se “me erra”!

Confesso que estou com atenção difusa, tudo vejo, tudo observo, a maioria das coisas acho interessante... Mas, enfim, o que eu quero provar?! E pra quem quero provar?! E se tudo me satisfaz, posso seguir tudo?! Ó mundo, pra que tanta complexidade?! Abre a boca, fala pra nós como é que temos que viver em ti... Crenças alienam, descrenças colocam-nos à margem.

Sabe, após esse desabafo, cheguei (eu acho) a conclusão que temos mais é que viver menos preocupados com as resoluções que nos são impostas. Seguirei o exemplo das crianças – e eu que quando era uma, andava louquinho pra crescer, hoje, na mesma intensidade, quero voltar a ser uma. Serei despreocupado, se der, deu! se não der, não deu (poético isso)!

Ah! E sabe qual o intuito real em escrever isso?! Não?! Que coincidência....

Sem preocupações, simplesmente, serei feliz, bem feliz!!

"Hakuna Matata" - Timão e Pumba